Mr. Robot: A genial cyber revolução criada por Sam Esmail

   
 Em Mr. Robot, série escrita por Sam Esmail e exibida pela USA Network, somos apresentados à Elliot, um programador que trabalha como engenheiro de segurança virtual durante o dia e Hacker à noite. Viciado em drogas de maneira controlada e com fobia social, Elliot tem uma visão peculiar do mundo que o cerca e usa seus conhecimentos com a computação para hackear pessoas, como quando descobre uma rede de pornografia infantil liderada pelo dono de um café, entregando o esquema para a policia de forma anônima. 


Secretamente apaixonado por sua colega de trabalho Angela, uma das poucas pessoas das quais permite aproximação, Elliot mantêm uma vida solitária dividindo-se entre o trabalho, sua vida secreta e o apartamento nos subúrbios de Nova York, onde mora, quase sempre conversando diretamente com o telespectador ao qual chama de ''Querido amigo'', com destaque para os confrontos diretos quando algo passa despercebido e seu ''amigo'' não o informa. 


A história realmente começa quando ele conhece Mr. Robot, que faz a Elliot a proposta de juntar-se a seu grupo de hackers cujo objetivo é hackear a rede mundial dos bancos e excluir as dividas de todos a fim de revolucionar o mercado financeiro. 


Uma verdadeira caixa de surpresas, a série prega varias peças no telespectador, induzindo-o a pensar algo quando se trata do contrário. A trilha sonora é impecável e os constantes surtos psicóticos de Elliot sempre deixam a dúvida de se o que está acontecendo realmente está acontecendo. 


Com personagens secundários não menos intrigantes, como  o ambicioso executivo Tyreel Wellick e sua esposa masoquista, a enigmática Darlene e a conflituosa Ângela, a série sempre acaba, de alguma maneira, interligando todos os personagens de maneira inesperada. 

Outro destaque são os locais de filmagens. Seguindo o fluxo contrário da maioria das produções, Mr. Robot mostra ao telespectador o lado feio e opaco de Nova York, desde ao bairro onde Elliot vive até o QG do grupo, em um antigo fliperama.  A trilha sonora é outro show à parte que não passa despercebido. 

Porém, talvez o maior trunfo da série sejam os monólogos de Elliot, sobrecarregados de criticas sobre à sociedade com abordagem que foge do clichê, com destaque para as cenas sobre sua perspectiva da sociedade e quando questiona sobre Deus, das quais você pode conferir abaixo, sem riscos de spoilers:



Tão genial quanto problemático e paranoico, para mim Elliot é um dos personagens mais emblemáticos já feitos, pois sua criação é baseada na exposição crua de fatos que muitas vezes são maquiados, amenizados ou até mesmo ocultos. Tanto o personagem quanto a série seguem o tom de escancarar para o telespectador o mundo como ele realmente é, mesmo que para isso seja preciso envolver uma crise mundial fictícia de resultados duvidosos.



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