A carência do mercado editorial brasileiro

  Olhe bem para a sua estante: Quantos títulos de autores brasileiros você possui? Arrisco dizer que a quantia é pequena. Porque nós, brasileiros, damos tanta enfase em obras vindas de fora ao invés de prestigiar o que é produzido por aqui? Porque existe toda essa mágica pairando em volta de um livro quando este é escrito por um estrangeiro? Porque desperta interesse e vendas em massa no nosso país? A resposta é simples: num país onde cada vez mais a moda é destruir a imagem do lugar onde querendo ou não se nasceu o que vem de fora é mais bonito. É melhor. É mais "profissional". Sempre foi assim e sempre será. O mercado editorial brasileiro é carente, pobre de obras nacionais. E a culpa pode ser dividida entre editores que preferem importar e leitores que preferem rótulos de nacionalidade à uma boa história. Nesse meio quem é mais prejudicado são os escritores brasileiros que precisam competir com obras  internacionais por atenção e nem sempre saem ganhando. A lista de livros mais vendidos de 2015 só conta com títulos vindos de fora, como " Se eu ficar" e "Quem é você Alasca?" . Um bom exemplo de livro brasileiro que conseguiu conquistar espaço é a obra O reino das vozes que não se calam, das autoras Sophia Abrahão e Carolina Munhoz.
Mas porque? Talvez a resposta também seja simples: apesar da qualidade da história ser indiscutível, o nome da famosa atriz pesa na hora da divulgação, o que faz com que tenha recepção imediata, e quem não conta com essa jogada de marketing acaba por se ver obrigado a batalhar por uma mera divulgação descente.
Uma recente pesquisa afirmou que os famosos (e muito odiados) livros de  colorir foram os salvadores do mercado editorial brasileiro em 2015, mais um título importado.
Devemos dar mais atenção ao que temos por aqui, obras incríveis que clamam por atenção e merecem ela, está mais do que na hora de o leitor brasileiro aprender a valorizar seu próprio produto antes que o mercado editorial brasileiro dê seu último suspiro. 

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