Louisa Clark tem 26 anos, nenhuma ambição , mora com os pais, a irmã, o sobrinho e o avô numa pequena cidade e namora o viciado em exercícios físicos Patrick há sete anos. Após ser demitida de seu emprego como garçonete de longa data, do qual adorava, por não ter muitas qualificações aceita trabalhar como cuidadora de um tetraplégico milionário. Wil Traynor é ácido, mal humorado, extremamente  irônico e não aceita sua deficiência apesar de estar há dois anos  convivendo com ela. Por conta da crise financeira em casa é obrigada a continuar no emprego e conforme a convivência consegue se aproximar da muralha que Will havia se tornado desde o acidente. Após descobrir que após o término de seu contrato de seis meses Will pretende ir à clínica Dignitas, especializada em suicídio assistido para doentes crônicos, localizada na suíça, Louisa decide começar uma corrida contra o tempo a fim de convencê-lo de que ainda vale a pena viver.

Nunca chorei com livros nem filmes. Sempre vi as pessoas comentarem sobre como se derramaram em lágrimas com tal trecho ou cena e me perguntei se era alguma espécie rara de ser humano insensível sem coração que não tem a capacidade de sentir algo pelo próximo.

    Eu chorei por Wil Traynor. Chorei feito uma criança. É difícil falar sobre tudo que o livro causa em quem lê. Louisa é tão única em seu modo de ser que isso faz com que sintamos simpatia imediata por ela, seu modo excêntrico de se vestir é engraçado e sua dedicação admirável.  Sobre o desenrolar da história,  eu realmente gostaria de poder gritar com Wil Traynor, xinga-lo, chama-lo de egoísta. Mas eu não podia. Não porque ele é um personagem fictício, mas por entender suas razões. Eu compreendia seus malditos motivos e a ideia de não ter outra perspectiva para seu final me deixou desolada. Não de uma forma decepcionante, mas num estado de tristeza extrema.
Também passei a ver de outra forma um deficiente físico, algo que vai além de ver alguém na rua em uma cadeira de rodas, passei a olhar essas pessoas com outros olhos.  Demorei alguns dias para conseguir me desprender da história quando terminei o livro, me senti dentro dele, desenvolvi um afeto imenso por Lou e Will, tanto que sentia como se fossem  pessoas reais. Como eu era antes de você é extraordinário, perfeito. Definitivamente está no topo da minha lista de preferidos e será muito, muito difícil algum outro ser páreo para tirá-lo de lá.

ADAPTAÇÃO PARA O CINEMA

Como sempre acontece com bons livros, a adaptação para o cinema já está a caminho e tem previsão de estréia para Março de 2016. Emília Clark, de Game of thrones, Sam Caflin, de Jogos vorazes e Matthew Lewis, o Neville de Harry Potter, interpretarão Louisa, Will e Patrick, respectivamente.
E cá entre nós, mal posso  esperar.